A construção da Barragem do Alqueva submergiu um vasto território, com uma determinada métrica, geometria e escala, que era a matriz e o testemunho secular da relação simbiótica entre o homem e o ambiente que o rodeia.

Rita Catarino (arquitecta e ilustradora) e Paulo Palma (arquitecto paisagista) trazem nesta exposição temporária produzida com o Museu da Luz uma nova compreensão da paisagem enquanto construção humana e um olhar sobre o processo de transformação territorial dos extensos campos de parte da raia Alentejana - o maior processo de transformação a que a Paisagem portuguesa foi submetida num tão curto período de tempo.

Reflecte-se sobre as recentes transformações que alteraram a identidade territorial e o paradigma, pré-existente, das culturas de sequeiro, para grandes culturas de regadio que têm vindo a instalar-se nos Latifúndios do Sul. Utilizando como meios a fotografia, o desenho, a imagem em movimento e a cartografia, e recorrendo também a testemunhos de habitantes locais, este projecto - que é simultaneamente de investigação e de criação artística - foca-se concretamente no território que ficou submerso.

ABERTURA 11/04 | 16H
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Fotografias: montagem e inauguração

Concepção Paulo Palma, Rita Catarino
Produção Museu da Luz
Textos (folha de sala) Dirk Hennrich
Apoio Grupo Nabeiro

Exposição prolongada até 28 de Junho de 2015.