Arquitetura e Paisagem

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O Museu da Luz teve desde o início a Paisagem como referência na sua implantação. O museu levanta-se do chão como um bloco de xisto e aproxima-se da nova aldeia – a nascente – e da água – a poente. O projeto de arquitetura, da autoria dos arquitetos Pedro Pacheco e Marie Clément, evidencia uma linguagem erudita ao mesmo tempo que convoca a forma de construir deste território na época romana, como testemunha o submerso Castelo da Lousa.

O projeto de arquitetura está amplamente publicado e recebeu diversos prémios nacionais e internacionais, nomeadamente: 1º Prémio Europeu de Arquitetura Luigi Cosenza’04; Prémio MENHIR, IV edição, S.L. de Bilbao, Vizcaya; nomeação entre os 10 primeiros no Prémio SECIL 2004; o conjunto da obra Museu+Igreja+Cemitério entre os 5 melhores do Prémio Internacional de Arquitetura de Pedra 2005 (Verona, Itália); o conjunto na categoria de Conservação do Património Arquitetónico, Prémio Europa Nostra 2006. Integrou também o núcleo EUROVISION da Trienal de Arquitetura de Lisboa 2007.

A integração do edifício no novo lugar é marcada por outros pontos de visita: a igreja matriz, dupla da primitiva do século XV existente na antiga Luz; o Monte dos Pássaros, casa tradicional que é a única edificação remanescente da antiga aldeia; a antiga estrada para a Luz, que agora termina na água; o lago, que sugere percursos contemplativos que evocam o antigo lugar; o submerso castelo romano da Lousa ou o rio Guadiana.

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